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sexta-feira, 6 de junho de 2014

VARRE-SAI/RJ FUTEBOL NO BALNEÁRIO.



                


Certa vez, não sei por qual razão, achei que deveria inscrever-me para o campeonato de peladas do Balneário, já que todo mundo jogava e eu ficava só na torcida.
Resolvi que assim que abrissem as inscrições para campeonato master de futebol, eu iria encarar o campeonato. Abertas as inscrições, lá vou para fazer a minha, sem saber em qual time eu seria sorteado para jogar. Fui sorteado para jogar no time da camisa do Vasco, só que botei na minha cabeça o seguinte: puxa vida, tantos times para eu fazer parte, e logo o Vasco da Gama que vou jogar. Francamente, fiquei chateado, porque gostaria imensamente é de vestir a camisa do Flamengo, não conseguindo o meu intento, fiquei por conta da lagartixa, mas, fazer o quê?Aí pensei: vou encarar porque afinal de contas quero mesmo e me divertir!
Como não entendo bem a cabeça dos treinadores de futebol, eu  até certo ponto me achava bem melhor do que alguns dos jogadores, mas, sempre o meu destino era ficar no banco, e o detalhe é que tem de estar vestido com a camisa do time que você está inscrito, e eu ficava no banco uniformizado , o que me invocava mais, e de ser com a camisa do Vasco, com todo respeito ao Vasco da Gama,mas que na minha maneira de pensar, era muito chato mesmo!
Jogos e mais jogos aconteciam e eu sempre no banco, aquilo foi cada vez mais me chateando, chegando ao ponto de pensar seriamente de abandonar as minhas pretensões de jogar.
Em  certo jogo, meu time perdendo, um sol quente na moleira, e eu no banco sem nenhuma chance de entrar, e com o saco cheio, abri minha modesta boca e brandia a todo vapor: o juiz de briga de galo, ladrão! O Juiz lá do outro lado ouviu, e de lá mesmo mandou um cavalo de cartão amarelo pra mim. 



E de lá da outra extremidade, ele, o Juiz me deu o cartão Vermelho, aí eu bradei em alta voz, além de ladrão, o homem adivinha o que agente fala,aí eu fiquei por conta da lagartixa, e falei em voz baixa, ladrão mesmo! 


Este juiz era meu grande amigo o saudoso JOSÉ ADILSON, do qual tenho grandes recordações porque era um grande craque de futebol e um excelente amigo!

Foi mais umas das minhas façanhas desta gostosa vida que se ocupa nela!

VARRE-SAI/RJ HISTÓRIAS DE COROINHAS.

Varre-Sai – o coroinha I 




Outra história da minha pessoa ocorrida em Varre-Sai, onde nasci e morei por vários anos numa casa perto da Matriz de São Sebastião de Varre-Sai,e, sempre estava por lá ajudando a dona Verônica a fazer hóstias ou fazendo compras. 


 


 Era tido como gente de casa mesmo!Os sinos da igreja por serem em local muito alto,e, naquela época não tinha corda como tem hoje para badalar os sinos lá debaixo. Então quando do enterro de alguém, naquela época, já morria gente que nunca tinha morrido, e era de praxe que o féretro fosse levado até a igreja caso fosse católico, para ser aspergido com água benta e as orações de praxe, 

 

e eu era às vezes coroinha, e fazia tais procedimentos, inclusive, batia sinos até que o enterro chegasse ao cemitério para o devido sepultamento e aí então  parava de bater o sino.


 










  




 A minha maior preocupação era com os enterros que aconteciam por voltas das 18:00 horas, porque a noite já estava chegando, e o lance mais difícil era descer lá da torre da igreja, e ter de passar perto da imagem do Senhor dos Passos (Jesus com a Cruz ao ombro)




Que tem os cabelos de gente e que se encontra até hoje debaixo das escadas que dá acesso ao coro da igreja. Olha o medo era tão grande que por vezes eu gritava lá das alturas para alguém lá de casa, que viesse até a igreja para me socorrer, e ajudar fechar a igreja, porque tinha muito medo daquela imagem, que até hoje, olho pra ela com aquele olhar morteiro, e com toda rapidez ia até lá em casa suando frio com medo do semblante do defunto que ficava gravado na minha mente ou pela imagem do Senhor dos Passos que eu considerava também assustadora, e que ninguém conseguia colocar na minha cabeça que não me metia medo!







Varre-Sai – o coroinha  II

Em outras vezes eu passava bem na frente do altar principal, ali ficavam anjinhos de mãos abertas,  pedindo uma esmola, e a pessoa colocada algum dinheiro no cofrinho, e o anjo balançava a cabeça num gesto de agradecimento. E tinha um lugar logo atrás da imagem do anjo que se a pessoa verificasse detalhadamente, acharia fácil o lugar que fazia com que o cofre se abrisse para que o dinheiro fosse retirado para ser conduzido para casa Paroquial.



 Só sei que por algumas vezes, eu olhava para um lado, olhava para o outro lado com aquele olhar morteiro e ia pegar bem escondidinha moeda de cinqüenta centavos, para então, comprar um ovo de galinha da Dona Santa, uma vizinha muita boa de coração e que muito ajudávamos nós lá de casa, e que gostava muito de nós, e eu com aquele ovo, íamos até a Padaria Santo Antônio, do Senhor Nego, e  trocava-o em um pão de sal, que era cordialmente entregue pelas mãos da,




   
Dona Inez, que com aquela bondade de sempre, entregava um pão pra mim e dava outro pão de presente para o meu irmão Adilson. por várias vezes lembro que ganhei pão e chicletes da Dona Inez. Outro fato é que aproveitando a viagem de volta, eu ia ao balcão da venda do Senhor Felício (perto da barbearia e esquina da Rua José Tupini), ele que ficava andando pra e pra cá dentro da venda, e quando ele ia pra lá, eu pegava discretamente aquele docinho de mamão, feito pelas mãos abençoadas da Dona Chiquinha. Eram verdadeiras delícias de Varre-Sai, além claro dos doces de Leite da Adelina que ficava na venda do Senhor Mario Capacci, que na distração do Senhor Mario, nós também nos deliciávamos com doces de leite .


 

  
Até que às vezes nós íamos à rua de cima (como era chamada a atual Rua José Vargas de Figueiredo), na casa do Senhor Salvador Bendia pra comprar verduras e legumes,



  








 e lá dava até para experimentar os deliciosos vinhos de jabuticaba feitos até hoje com seus familiares, eu e o Adilson voltávamos pra casa bem alegres e felizes, até hoje eu não fiquei sabendo qual a razão da tal alegria!