Powered By Blogger

terça-feira, 25 de julho de 2017

O BALALAIKA !




Postado novamente a pedidos dos leitores.


                Quem não conheceu o meu Pai, Odithes José da Silva? 
                Nele via alegria e o dinamismo de um homem simples, mais de  enorme coragem em  realizar eventos voltados a promover e animar nossa querida terra de Varre-Sai, e todos acreditava no seu trabalho, porque o sucesso era garantido e a alegria era uma constância!
              O Papai gostava de tudo que era alegre, e dançava muito bem, ele e a Mamãe Natalina dançavam constantemente em casa, quando ouviam musicas pela Radio Nacional , Rádio Tupi ou Tamoio que executavam musicais de sucessos da época!
            O Papai sempre gostou muito de realizar bailes: tantos com bandas de Varre-Sai, ou de outras localidades.
            A Banda do Darizinho era o ponto alto dos bailes que o Papai fazia e também a garantia do sucesso musical da época!
Vários bailes realizados, e sempre bailes superlotados, alegres e com muita gente bonita!
                 Bailes do Clube  da Esteirinha, dedicado à classe operária, olha que ficava lotado, hoje, é o local onde tem a Lotérica de Varre-Sai.
               Realizava baile no Casarão ao lado da Matriz de São Sebastião de Varre-Sai, bailes de carnaval, noites de sucessos carnavalescos, e grande fluxo de pessoas,  num clima de muita paz, embora, às vezes existissem alguns que brigavam, mas, a presença sempre marcante de policia, acabava com  as brigas e o baile iam até o amanhecer!
               O Papai tinha equipe de segurança, equipe que fabricava a bebida, (o vinho extraído de uma árvore, não me lembro o nome, parece ser jatobá!) Mas, na verdade não me  lembro bem!
                 Com o passar do tempo os bailes do Odithes, também foram realizados na máquina de beneficiar arroz.
Depois abriu na garagem ao lado da sua casa, na Rua José Tupini e assim surgiu o BALALAIKA, que ficou famoso e que marcou época! A participação de jovens de Guaçuí, Natividade, Porciúncula, Carangola e Itaperuna eram certas nos finais de semana!
              Casa cheia, uma multidão enorme, e lembro que a equipe não parava de trabalhar, e  o Darizinho e seu Conjunto tocavam bailes e mais bailes e tudo com casa cheia; e o Papai também se divertindo, porque tanto ele como a Mamãe Natalina, amava este clima, onde o ambiente era de muita de alegria e descontração! 
              Foram muitos anos de bailes felizes e de muitas alegrias nesta querida terra de Varre-Sai. 
                   Acredito que muitos casais nestes bailes se conheceram e iniciaram namoro e constituíram famílias e se uniram para sempre!
               O Baile das Moreninhas ou Cavadeiras e o baile do Clube dos 13  (Elite) predominavam a nobreza Varresaense, mas, quando acabava o baile do Clube dos 13, os dançarinos se deslocavam  para o Clube das Cavadeiras e lá dançavam o resto da noite num clima de alegria e entusiasmo!
                 Com o passar do tempo, as coisas iam se tornando mais difíceis e também a idade começava a atrapalhar não só os organizadores, mas, também aos músicos e os próprios dançarinos, que viam e sentiam a idade chegando e o fôlego acabando, foi até que veio o desânimo, o cansaço e também as dificuldades definitivas de locais para realizarem as noitadas e tudo se tornando mais difíceis, chegando mesmo ao ponto de ter que parar com os bailes e assim, ficou Varre-Sai, cada dia mais desanimado e carente, e, isso, veio a influir e hoje, Varre-Sai tem o seu clube, porém, sem a realização de noitadas, a juventude limitando-se em se encontrar em bares consumindo bebidas e deslocando posteriormente para as cidades circunvizinhas a participar de bailes ou festas!
             Varre-Sai passou  a ver em suas noites frias a se tornarem verdadeiramente apaixonantes, onde a elegância e o bom gosto tornavam-se a noite de Varre-Sai uma das mais encantadoras, não só pela beleza natural, mas, pela beleza das musicas e flores do alto dos seus 720 metros de altitude, no clima frio com a mistura do sereno e a serração que juntos enfeitavam os longos cabelos das beldades, que se tornava a cada momento mais sedutoras e apaixonantes! Permanecendo nos corações de todos os visitantes amantes das belezas da terra!
             Varre-Sai sua linda, mesmo assim, crescida, carente de água, mas, não faltava amor no coração dos seus filhos, por isso, te digo com orgulho, Varre-Sai minha terra querida, te amo cada vez mais!

Postado por Blog do Titio Odithes às 15:41 

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Varre-Sai e os seus bailes



Varre-Sai e os seus bailes

     Bons tempos vividos em que Varre-Sai,quando era Distrito de Natividade, mas o sonho da emancipação batia forte nos corações e a esperança em dias melhores era cada vez mais alimentada em nossas almas!
     E nesta época, as noites de Varre-Sai eram frias se tratando do clima, mas muito quentes em se tratando do calor humano, onde se destacava a acolhida concedida a todos que por Varre-Sai circula ou mesmo visitava!
     Os jovens de Varre-Sai faziam um desfile pela Rua Felicíssimo de Faria Salgado sem a intenção de “desfilar”, mas, espalhando para todos os cantos o charme e a elegância numa demonstração do excelente bom gosto ao se vestir, mesmo porque o clima assim exigia!
     Mais, o bom mesmo de Varre-Sai era nas férias, ai a galera de fora chegava e as noitadas de ping pong no quintal do Senhor Bituta era uma festa a parte, mais tarde a galera ia para a rua que ficava muita animada até por volta das vinte e duas horas quando o frio aumentava muito e a galera vazava pra casa!
     Por muitas vezes durante a semana o Clube dos l3 não funcionava, os jovens então realizam danças na casa do Senhor Juquinha Ladeira ou na casa do meu Pai Odithes, pois, os velhos adoravam a ver os jovens se divertirem num clima alegre e feliz!
     E quando era fim de semana de bailes no Clube dos 13, os rapazes iam para o bar do Lula ou bar do Juca para aquecer as “turbinas” com um Campari ao gelo e limão, e as beldades, nos diversos salões de beleza, dando aquele toque discreto, pois, as mesmas nem precisavam, pois a beleza da mulher Varresanenses sempre foi por todas elogiadas!
     O Clube dos 13 na Presidência do Francisco Edalmo de Assis foi o período de maiores promoções dos grandes bailes e belos conjuntos musicais, e aos domingos promovia a tradicional domingueira, que iniciava das vinte horas e encerrava as vinte quatro horas!
     O Clube dos 13 promovia mensalmente grandes bailes com bandas de sucessos por toda a região como: Conjunto Prelúdio, Conjunto Apolo 7- Conjunto do Chiquito e a Orquestra Ritz.
     Varre-Sai que não tinha televisão e sim o Cinema do Norival Tupini, mas, uma fase considerada de ouro pelo dinamismo dos jovens sob a liderança do incansável amigo Francisco Edalmo de Assis e toda uma turma unida para realizar a alegria das noites e que enumerá-los em seguida: Luiz Alberto Vieira (Vela), Sebastião Odithes Lopes, Sebastião Fabri (Tão), Elso Fabri, Firmino Vieira de Mattos, Paulo Roberto Ribeiro (FNM), Lindebergue Fabri Martins, Pedro Fabri Martins, Leonardo Fabri Martins (Buraco), Joaquim Luiz Fabri (Teti), Adilson Lopes da Silva, Carlos Martins (Carlinhos Jesuíno), Silvino Vargas de Assis-(Do Osório), Joubert Fabri, Oswaldo Janoti, Mario Janoti, José Humberto Fabri (Zuzute), Roberto José Ferreira (Robertinho), José Demétrio Pelegrini, Sebastião Getulio Pelegrini, Juarez Pelegrini (do Theobaldo), José Jerônimo (do Juanete), Flávio dos Santos (Ta na Moda), Antonio Alberto (Sapinho), José Antonio (China), Joel de Moraes, Virgíneo de Medeiros, Giovane Amaral, José Antonio (Quito) e outros.
     Esta turma unida à turma da vizinha cidade de Guaçuí (ES), que compareciam em massa em todos os bailes de Varre-Sai, pois a grande integração entre as duas localidades!
     Nos dias atuais, embora Varre-Sai tenha o Village Clube, (mas com pouquíssimas realizações noturnas), temos outros locais que promovem grandes eventos e noitadas das mais badaladas e agradáveis!
     Falar de Varre-Sai é bom e faz parte, pois temos condições pelo fato de que aqui vivemos e vivenciamos os momentos da Vila, do Distrito e da Cidade de Varre-Sai!
     Agora, que carece Varre-Sai de mais diversões e alegrias para seu povo na atual conjuntura, cá prá nos, isso precisa!
     Então, com a palavra as nossas autoridades e o laborioso e alegre povo de Varre-Sai, incentivando novos músicos e por a Lira Santa Cecília a tocar, fazendo o povo cantar e a sambar!

Varre-Sai, a minha terra querida



Varre-Sai, a minha terra querida

     Como diz o poeta: “todos cantam sua terra, também vou cantar a minha” querida terra de Varre-Sai!
     Quem vê Varre-Sai nos dias atuais, não imagina, o quanto esta terra era alegre e feliz e os seus jovens festeiros e festejados! Tempos sem televisão, mas, tinha o Cinema São Luiz ou Brasil do nosso querido e saudoso Norival Tupini. Eta baixinho renitente e dinâmico, um Varresaense incansável e que tudo fazia pra cada vez alegrar e melhorar nossa terra!
     Outro ponto que quero destacar em Varre-Sai (antes da Emancipação) era a parte de esportes, o glorioso Serrano Esporte Clube dos grandes ídolos: Lula- Jerônimo- Zuzute- Robertinho- Chicão- Monteiro- Luiz e Geraldo Bandoli (Dr. Nem)- Jove Faria- Taxinha- Quito- Mario- Cheiroso -Lucio- Oswaldo- Seabra e tantos outros que não mediam esforços para conquistar sempre a vitória e também a divulgar cada vez mais o nome da nossa querida terra, e com isso, o Serrano era motivo que emocionava a todos proporcionando uma alegria sem limites aos nossos corações!
     Lembro-me dos campeonatos regionais e os torcedores num clima festivo se deslocavam da rua até o local onde estava o Campo do Cininho, mas, pra chegar lá, tinha primeiro que ultrapassar a barreira humana, os cobradores de pedágio, para assim poder pagar o clube visitante, e ninguém reclamava e pagava feliz, claro, alguns passavam pelo pasto e cheio de carrapatos no campo iam torcer e torcer muito e com muito amor também! Neste campo aconteciam as grandes partidas com derrotas e vitórias e também as grandes brigas onde todos batiam e todos apanhavam, mas, tudo ficava encerrado ali mesmo!
     Com o passar do tempo, o Estádio dos Eucaliptos ficou pronto e o Serrano E. Clube passou ali a realizar seus treinos e continuar aos seus jogos! Foram longos períodos de trabalhos do Senhor Eleazar Primo e equipe que realizava todo o trabalho de manutenção do estádio e gramado do Serrano!
     Após alguns anos com o belo nome de Estádio dos Eucaliptos, a Diretoria do Serrano, com grande sabedoria, resolveu homenagear um dos maiores incentivadores do futebol de Varre-Sai, que foi o Senhor Torino Fabril (o Senhor Nego), muito conhecido por todos por seu amor ao Vasco da Gama e ao Futebol de Varre-Sai!
     O Serrano Esporte Clube realizava ali as partidas de futebol em todas as suas categorias, inclusive com campeonatos da zona rural, mas, com o passar do tempo, e a política resolveu entrar em campo e no meio esportivo, e conseguiram acabar com o campo, e no local, iniciou-se a construção de um prédio moderno para a sede da Prefeitura Municipal de Varre-Sai praticamente acabado!
     Então Varre-Sai ficou sem campo de futebol, sem o time e também sem a nova sede da Prefeitura!
     Interessante que ninguém se preocupou em realizar um plebiscito garante que a população em sua maioria, faria sua opção, não a favor da construção da Prefeitura naquele local, mas, sim a manutenção do estádio no local onde estava e o novo prédio da Prefeitura em outro ponto. Hoje, Varre-Sai sem campo de futebol, sem prédio da nova Prefeitura funcionando, dando uma sensação de falta de planejamento da Municipalidade para determinados atitudes ou obras, deixando ainda uma sensação de falta de preocupação com o fator água potável, da qual todos se sentem carentes e sem expectativas de uma solução breve para esta necessidade da nossa terra!
     Muita gente tem a sensação de que Varre-Sai se sente triste sem seu estádio e também pela falta de respeito para com a memória do homenageado, que tenho certeza que nunca reivindicou a mesma, mas, foi à vontade popular, e que a mesma não foi nada respeitada pelas autoridades políticas da época!
     Com o desaparecimento do Estádio Torino Fabri, foi embora todo o sonho dos jovens atletas de Varre-Sai, aspirantes a um lugar ao sol no esporte brasileiro!
Ou foi incompetência ou mesmo falta de boa vontade de ouvir o povo das autoridades constituídas, é o que penso e até acredito!

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Ginasial em Natividade



Natividade Sebastião Odithes

Foi por volta dos anos de 1955, deixei minha terra natal, para vir para Natividade para estudar, naquela época o ensino em Natividade (Ginasial e Normal) eram os mais badalados e melhores da região, e a grande parte dos alunos eram de outras cidades: Porciúncula, Tombos - Carangola, Campos, Bom Jesus, Guaçuí e Alegre, sem falar alunos dos distritos como Varre-Sai, Ourânia, Bom Jesus do Querendo, Laje do Muriaé, Santa Clara, Purilândia, etc.
Em Dezembro de 1955 vim para fazer o exame de admissão ao ginásio, e fiquei estudando na casa do Senhor Helio Carvalho durante os meses de dezembro, janeiro e parte de fevereiro, este período era destinado à prática do Exame de Admissão e iniciei minhas atividades estudantis em 1956, ficando interno com as despesas pagas pelo Estado do Rio de Janeiro na forma de Bolsas de Estudos!
Durante estes anos de Ginásio Natividade, tive oportunidade de fazer muitos amigos e de conhecer excelentes Professores que dou destaque: Professor Arnaldo Braz (História), Professor Walter Vieira (Frances e Ciências), Professor Adalberto Lopes (Latim), Professor Maria Braz (Português), Prof4essor Marlene Braz (Matemática), Professora Arlete (Geografia), Professor Anete Lopes (Canto Orfeônico), Professora Evlim Nagem, (Desenho) e Prof. Guiguí        (Trabalhos Manuais) e outros professores foram surgindo, pois, as aposentadorias iam acontecendo e assim seguimos na luta do dia a dia nos estudos!
Quando do aproximar das festividades de Setembro, o entusiasmo de todos era evidente, e os preparativos dos estabelecimentos de ensino de Natividade eram dinâmicos e se preparavam para o desfile escolar, cívico e militar do Dia da Pátria, o sete de setembro!
Eram bandas marciais por todos os lados com o seu ruído tradicional das fanfarras e das marchas militares, o comércio ornamentava suas prateleiras com as cores predominantes de azul, verde e amarelo e toda a comunidade se envolvia, para proporcionar a todos e aos visitantes, o tradicional momento de verdadeiro amor a nossa gente na homenagem da Hora de Arte, no dia sete de Setembro, homenagem cívica a nossa querida Pátria e no dia oito de setembro as homenagens a Padroeira Nossa Senhora da Natividade!
Ninguém abria mão destes dias e das homenagens, as quais eram tradicionalmente celebradas a cada ano, pois, é motivo de orgulho e muita alegria de todos de participar deste evento tradicional!
E quero neste espaço fazer alguns destaques a cada um destes dias festivos de nossa querida Natividade:
No dia seis de setembro (dedicado aos Natividadenses) no Cinema Ouro Verde acontecia da Hora de Arte, com homenagens aos que se destacaram, na luta a favor de nossa terra, este sim era devidamente homenageado com saudação do mais alto destaque das autoridades e em seguida uma agradável parte teatral ou mesmo uma clássica apresentação da Elite Orquestra!
Era e é nos dias de hoje um ponto alto do tríduo setembrino!
No dia sete de setembro (Dia da Independência do Brasil) a classe estudantil e autoridades constituídas realizam hasteamento das Bandeiras do Brasil, Estado do Rio de Janeiro e Município de Natividade!
Após o desfile na Avenida Amaral Peixoto, acontecia no Campo de Vila Almeida o momento de ginástica por alunos das diversas escolas, onde aconteciam bailados e diversos alunos instrumentistas executavam os seus instrumentos musicais e me lembro bem da: Neuza Ramos, Maria Cecília de Carvalho, Marisa Baião e outros que davam um brilho todo especial a este momento clássico dos festejos, que era a ginástica!
E no dia oito de setembro dia da Excelsa Padroeira Nossa Senhora da Natividade, acontecia à tradicional procissão pelas ruas de nossa cidade, santa missa e outras atividades ligadas ao dia, além da parte de gincanas realizadas na Avenida Amaral Peixoto!
Acontecia a Alvorada com Bandas de Musicas da região nos dias festivos, e no CLEN aconteciam bailes de gala com grandes Conjuntos ou Orquestras e no Estádio Vila Almeida, o Natividade Atlético Clube jogava suas partidas com casa cheia e todos vibravam com as jogadas clássicas de nossos atletas, hoje: “Os Leões da Vila! Disputa com dignidade a Copa Gazetinha no Estado do Espírito Santo!