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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

TÔ COM MEDO!!!

Este acontecimento se deu lá pelas bandas de Varre-Sai nos anos 70.
A maioria dos pessoas aqui mencionadas, infelizmente, não mais se encontram entre nós.
Foi no inverno do mês de junho.
Um grupo de amigos reunidos no bar do Lula, na Rua Felicíssimo de Faria Salgado. O João Damasceno tocando violão, Silvino do Osório cantando como um rouxinol e os demais participantes.
Após beberam algumas cervejas, saíram pela rua afora realizando aquela seresta de fim de semana. Fazia parte deste grupo romântico, percorrendo muitas das ruas de Varre-Sai:  Renilton Mattos, Nicanor, João da Jove, Paulo FNM *, Firmino de Mattos, Geraldo Purificati *, Joel Moraes*, Adilson Lopes (meu irmão) e o Azulão*, cunhado do Celso da Dona Zica.
Naquela noite, ainda antes da seresta, já estávamos bem “alegres”.
Adilson, meu irmão, chamou o Azulão para irem lá prá baixo, na pedreira, entrada de Varre-Sai, para trocarem alguns sopapos e ver quem realmente brigava mais. E lá foram eles.
Continuamos a beber e cantar no bar do Lula. Depois de certo tempo, vieram os dois sangrando porque ambos bateram e apanharam bem. Mas voltaram alegres, abraçados e continuaram a beber, mesmo com a cara cheia de sangue. Prá nós foi normal, apenas um acerto de cavalheiros!
Lá por volta das onze e meia, a galera muito mais prá lá do que prá cá, resolveu sair pelas ruas, acompanhando os músicos e cantores.
Chegamos perto do Bar do Juca, onde o Paulo Abel fazia aquele pão cheiroso que abria o apetite da gente. Lá fomos nós, compramos pão e continuamos acompanhando a musica rua afora.
Já era quase meia-noite, quando alguém sugeriu que déssemos dinheiro a quem quisesse ir até o cemitério ( meia-noite! ) e lá acender um fósforo ou uma vela para mostrar que tinha coragem e estava lá. Ninguém topou.
O João da Jove, bem chumbado, resolveu aceitar o desafio. Fizemos uma vaquinha entre nós e recolhemos uma grana razoável para oferecer-lhe se cumprisse a missão.
Ficamos cá embaixo, na Rua Jose Vargas de Figueiredo, bem em frente ao cemitério, pra ver se o João da Jove cumpriria, realmente, o que fora combinado
Nesta altura, a seresta foi suspensa por um espaço de tempo. Queríamos estar atentos à façanha do João.
Ele subiu o morro do cemitério com caixa de fósforos e vela. Lá em cima, ele teria que acender a vela e fazer vários círculos com ela para mostrar que era ele mesmo o homem corajoso da turma.
Deu meia noite e, cá de baixo, um bando de homens com certo respeito (medo ninguém tinha) apenas respeito!
Afinal, pudemos ver a façanha do João da Jove realizando o que havíamos combinado para pôr a mão na grana.
De repente, vimos a tocha de fogo descendo o cemitério a todo galope, chegando a ponto de entrar na estrada e cair atrás da Igreja de Santa Filomena. Machucou bastante as pernas e os braços, mas, felizmente, o João voltou inteiro. Suando muito  e bem apavorado!
Não entendíamos o que havia acontecido. Depois, indagamos do João o porquê do galope morro abaixo, já que não havíamos combinado este galope, exatamente para evitar acidentes. Então ele explicou que, embora estivesse lá em cima perto do cruzeiro,  estava temeroso porque ventava muito no momento e não sabia se eram as folhas, as plantações ou mesmo as placas numéricas dos túmulos que batiam.  Mas o galope se deu mais pelo fato de achar que tinha alguém o seguindo! Resultado: galope característico de um grande atleta!
Como o cemitério era escuro naquela época! Era escuro mesmo, cheio de plantas roxas, dando um aspecto macabro. 
O João,Adilso  e Azulão, mesmo feridos, continuaram a acompanhar a seresta.
Este fato ficou marcado na vida de cada um de nós como uma inesquecível noite músical, misturada com lutas e momentos macabros! Cruz em credo! AVE MARIA!
Hoje eu não toparia mais um programa asim. Naquela época, não se tinha nada a fazer e a noite era a nossa grande aliada para tais momentos que tantas vezes aconteceram em as nossas vidas.
Se vocês gostaram da história, por favor, comentem.
Tenho outras prá contar. Desde já, muito obrigado pelos elogios!
Se vierem críticas não contrutivas, que se há de fazer? Também fico agradecido.
O que eu quero mesmo é que vocês se manifestem! 
Até breve e abraços a todos.
* Os que ainda estão vivos.

2 comentários:

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    essa foi foda!!!!!!!!!!

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  2. Gerlado Purificati, meu pai, certa vez havia me contado essa história... ria muito e como gostava de nos contar lembranças assim...
    Mas infelizmente não está mas entre nós, deus resolveu que já estava na hora dele fazer parte de Seu reino... Obrigada por me proporcionar boas lembranças dele.

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