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sábado, 24 de maio de 2014

ARARUAMA...


LOGO QUE CONCLUÍ O CURSO TÉCNICO DE CONTABILIDADE NO COLÉGIO CENECISTA ALVORADA, FUI INFORMADO POR ADERSON FONTES VARGAS E ORLANDO MACHADO TUPINI (GERENTE E CONTADOR RESPECTIVAMENTE DO BANCO PREDIAL- DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO-AGÊNCIA DE VARRE-SAI), QUE ESTARIA ACONTECENDO BREVEMENTE EM NITERÓI, UM CONCURSO DO BANCO PARA PREENCHER VAGAS NAS AGÊNCIAS DO INTERIOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, E, COMO EU ESTAVA DESEMPREGADO, E PRECISANDO DE TRABALHO, JÁ QUE  O MEU PAI COM SALÁRIO DE FISCAL DO DER QUE ERA PEQUENO, CONSEQUENTEMENTE  NÃO TINHA CONDIÇÕES DE ARRUMAR DINHEIRO PARA QUE EU  PUDESSE FAZER ESTE CONCURSO, JÁ QUE EU NÃO TINHA GRANA PARA VIAJAR.


ENTÃO RESOLVI MANTER CONTATOS COM OUTROS COLEGAS DE VARRE-SAI E EXPLIQUEI OS DETALHES DO CONCURSO PARA QUE ELES TAMBÉM TOMASSE CONHECIMENTO, E QUEM SABE, JUNTOS TERÍAMOS MAIS FORÇA PARA AGILIZAR A NOSSA INSCRIÇÃO NESTE CONCURSO. FORAM TODOS AVISADOS, CIENTES, TODOS AGUARDAVAM A ABERTURA DAS INSCRIÇÕES, ENQUANTO ISSO, PROCUREI TRABALHAR DE ALGUMA FORMA PARA TER DINHEIRO PARA PAGAR INSCRIÇÃO E VIAJAR SE FOSSE NECESSÁRIO.


 ENTÃO CONSEGUI UM SERVIÇO DE AJUDANTE DE PEDREIRO, GRAÇAS AO MEU AMIGO LINDEMBERGUE FABRI MARTINS, (O BEGO) COMO É CONHECIDO EM VARRE-SAI, QUE IA COMEÇAR A CONSTRUÇÃO DE UMA CASA RESIDENCIAL PRA ELE, E QUE JÁ TINHA O PEDREIRO E QUE FALTAVA APENAS ARRANJAR UM AJUDANTE, ENTÃO FALEI PRA ELE, NÃO PRECISA MAIS PROCURAR AJUDANTE, PORQUE EU VOU ENCARAR ESTE SERVIÇO, POIS TENHO QUE TER DINHEIRO PARA PAGAR A INSCRIÇÃO DE UM CONCURSO QUE VOU FAZER EM NITERÓI PARA O BANCO, E NÃO TINHA NADA, TAVA VERDADEIRAMENTE DURÃO, COMO FORA TODA A MINHA VIDA ATÉ AQUELA DATA!

O MATERIAL DA OBRA JÁ TINHA CHEGADO E CHEGOU TAMBÉM O DIA DE ENCARAR O TRABALHO. FOI UMA SENSAÇÃO BEM FORTE, JÁ QUE NÃO SABIA FAZER NADA DE AJUDANTE DE PEDREIRO, MAS, O PEDREIRO ERA MUITO AMIGO DO PAPAI E OS MEUS PAIS FORAM PADRINHOS DE CASAMENTO DELE COM A BERTOLINA, POR ESTA RAZÃO, ELE ME DEU ESTE SERVIÇO DE AJUDANTE, OLHA QUE NÃO FOI MOLEZA NÃO, PORQUE O ZEZINHO ERA UMA MÁQUINA PARA TRABALHAR, INCLUSIVE EM DATAS PASSADAS, ELE HAVIA TRABALHADO PRA MIM, EM MINHA CASA EM NATIVIDADE, ENTÃO NÓS JÁ ÉRAMOS DE CERTA FORMA, BONS AMIGOS, ENTÃO NÃO FOI DIFÍCIL O MEU APRENDIZADO, JÁ QUE ELE FOI MUITO LEGAL E PACIENTE COMIGO, INFORMANDO OS DETALHES E EU MUITO INTERESSADO EM CONTINUAR NO SERVIÇO, MANDEI BRASA, DANDO CONTA DO RECADO!
SEGUNDO O PEDREIRO ZEZINHO (FALECIDO), QUE INFORMOU AO BEGO QUE EU ERA BOM DE SERVIÇO, E ENTÃO PUDE CONTINUAR TRABALHANDO ATÉ A CONCLUSÃO DA OBRA.A CASA AINDA EXISTE E BEM BONITA, QUE FICA PRÓXIMO AO JARDIM DE INFÂNCIA CARLOS MAGNO FABRI, EM VARRE-SAI.

QUANDO EU PASSO PERTO DAQUELA CASA, FICO MUITO FELIZ EM SABER QUE ELA EXISTE GRAÇAS TAMBÉM DO MEU SERVIÇO E FOI NELA O MEU SEGUNDO SERVIÇO, JÁ QUE O PRIMEIRO FOI QUANDO LECIONEI PERTO DE ROSAL, COMO JÁ CONTEI EM UMA DAS MINHAS HISTÓRIAS.

DENTRO DE MAIS OU MENOS DOIS MESES, FICAMOS SABENDO DAS INSCRIÇÕES, DAS MATÉRIAS, DA DATA DO CONCURSO E TAMBÉM ONDE SERIA REALIZADO O MESMO.
C0MEÇAMOS A ESTUDAR CADA UM EM SUAS CASAS, DEPOIS ESTUDAMOS JUNTOS E TOMAMOS AULAS PARTICULARES DE NOÇÕES BANCÁRIAS COM O GERENTE ADERSON E COM O CONTADOR TUPINI, E COM A SÔNIA ALMEIDA AS AULAS DE PORTUGUÊS. ESTUDAMOS BASTANTE E PRONTOS AGUARDÁVAMOS A HORA DA ONÇA BEBER AGUA.

VIAJAMOS DE VÉSPERA PARA NITERÓI, E LÁ, PROCURAMOS LOCALIZAR O COLÉGIO QUE NÓS IRÍAMOS FAZER AS PROVAS, ERA O INSTITUTO ABEL, VISTO O LOCAL, FOMOS ENTÃO PARA O HOTEL IMPERADOR, HOJE JÁ DEMOLIDO.
CHEGOU À HORA DAS PROVAS, E LÁ ESTÁVAMOS COM UM GRANDE NÚMERO DE PESSOAS QUE TAMBÉM ALMEJAVAM CONSEGUIR TAMBÉM SUAS VAGAS. FIZEMOS AS PROVAS COM CALMA, E TIVEMOS A IMPRESSÃO QUE FOMOS MUITO BEM!

VOLTAMOS PARA CASA, SABEDORES QUE FIZEMOS BOAS PROVAS, MAS, TERÍAMOS QUE AGUARDAR A DIVULGAÇÃO PELA IMPRENSA E PELO BANCO. FOI EXATAMENTE EM TRÊS DIAS, O BANCO MANDA A RELAÇÃO DOS APROVADOS E NOS QUATRO ESTÁVAMOS NA LISTA DOS PRIMEIROS COLOCADOS, E QUE TERÍAMOS QUE NOS APRESENTAR EM NITERÓI, PARA SABERMOS PARA QUAL CIDADE IRÍAMOS TRABALHAR, E LÁ FOMOS NÓS, CHEGANDO, FOMOS LOGO EMPOSSADOS E COM CARTA NAS MÃOS, FOMOS NOS APRESENTAR EM ARARUAMA, PARA TRABALHARMOS NO HORÁRIO QUE A AGENCIA ESTIPULASSE.

CHEGAMOS A ARARUAMA PELA MADRUGADA, NEM ME LEMBRO EM QUE MÊS, SÓ SEI QUE A CIDADE ESTAVA DORMINDO, E O VENTO SOPRAVA FORTE, DANDO AQUELA SENSAÇÃO DE CIDADE DE FAROESTE, OU SEJA, SOMENTE VENTO SOPRANDO PAPEIAS PELAS RUAS E RATOS CIRCULANDO PELA REDE DE AGUA FLUVIAL OU ESGOTO.








AMANHECEU O DIA AGUARDAMOS A AGENCIA ABRIR SUAS PORTAS, E EM SEGUIDA NOS APRESENTAMOS AO GERENTE ENTREGANDO O MEMORANDO DANDO-NOS A POSSE.EM SEGUIDA FOMOS APRESENTADOS AOS DEZOITO FUNCIONÁRIOS, LOGO CADA UM FOI DESIGNADO PARA A SUA FUNÇÃO.  PERMANECEMOS MAIS OU MENOS UNS SETE ANOS NO BANCO, SÓ SAÍMOS PORQUE COM A FUSÃO DO BANCO PREDIAL COM O BANCO NACIONAL, SURGINDO ENTÃO O UNIBANCO, E PARA QUE ESTA FUSÃO PUDESSE CONCRETIZAR, O PREDIAL TERIA QUE DIMINUIR VALOR DE SUA FOLHA DE PAGAMENTO, E COMO NÃO PODIA DIMINUIR OS SALÁRIOS DOS FUNCIONÁRIOS, A SOLUÇÃO ENCONTRADA, FOI A DE DEMITIR CERCA DE SETECENTOS FUNCIONÁRIOS SOLTEIROS, E, NESTA RELAÇÃO NÓS ENTRAMOS, NÓS JÁ TRABALHÁVAMOS AQUI NA AGENCIA DE NATIVIDADE, ONDE HOJE FUNCIONA A LOTERIA.

FOI UM GRANDE APRENDIZADO NA MINHA VIDA, DAÍ PRA FRENTE, O QUE NÃO ME FALTOU FOI SERVIÇO, E SEMPRE TRABALHEI COM MUITO AMOR E RESPEITO ÀS NORMAS PROFISSIONAIS.
EM ARARUAMA, TIVEMOS UMA VIDA BEM APERTADA, PORQUE O CUSTO DE VIDA ERA E É AINDA MUITO ALTO, E O NOSSO SALÁRIO NÃO ERA AQUELA COISA NÃO, ENTÃO O QUE NÓS RECEBÍAMOS NESTE MÊS, JÁ ESTAVA DEVENDO HÁ MUITO TEMPO, OU SEJA, O SALÁRIO DE MARÇO, NÓS JÁ HAVIA RECEBIDO EM JANEIRO, OU SEJA, A GRANA ERA APERTADA, E TIVEMOS A SORTE DO BANCO PAGAR UMA CASA PRA NÓS, ENTÃO FIZEMOS UMA REPÚBLICA, COM MAIS DOIS AMIGOS DE LÁ, ENTÃO NÓS PASSAMOS DE QUATRO A SEIS COMPANHEIROS DE CASA E DE BANCO.

SEMPRE CORREU TUDO BEM. O DINHEIRO ERA POUCO, MAS, A UNIÃO FAZIA A FORÇA E FOMOS VENCENDO A CARESTIA E COMPRANDO MÓVEIS E MONTANDO A CASA, COM UM DETALHE ESCRITO: TODA VEZ QUE ALGUÉM FOSSE SAIR, NÓS TERÍAMOS QUE COMPRAR A PARTE DELE, SÓ QUE ERA NO PREÇO DA COMPRA DAQUELA DATA.
ENTÃO NÃO TINHA PROBLEMA, A SIM TIVEMOS DOIS PROBLEMAS. UM PROBLEMA QUE DEU ATÉ POLICIA NA NOSSA CASA, FOI QUE UM LADRÃO RESOLVEU INVADIR NOSSA CASA E SE ESCONDEU NO FORRO, E O INTERESSANTE QUE NINGUÉM DE NÓS ESTÁVAMOS SABENDO, QUE ESTE MARGINAL ESTAVA LÁ DENTRO DO FORRO (ERA LAJE), QUANDO CHEGAMOS DO CINEMA , JÁ COM BASTANTE SONO, DEMOS DE CARA COM POLICIAS CERCANDO A CASA E AGUARDANDO UM DE NÓS COM A CHAVE PARA QUE ELES PUDESSEM PRENDER O  BANDIDO. CHEGAMOS LOGO OS QUATRO E DE CARA PRESENCIAMOS ESTE FATO DESAGRADÁVEL ACONTECIDO LOGO EM NOSSA CASA, O QUE FELIZMENTE NÃO DEU NADA PRA NENHUM DE NÓS, PORQUE NÃO SABÍAMOS QUE ESTE CIDADÃO INVADIRA NOSSA CASA MAIS CEDO, PODENDO ATÉ TER ATIRADO EM ALGUM DE NÓS, MAS, GRAÇAS A DEUS NADA ACONTECEU, MAS QUE FICAMOS ASSUSTADOS, COM CERTEZA, FICAMOS!

O OUTRO FATO ACONTECEU TAMBÉM NESTA MESMA REPÚBLICA, SÓ QUE FOI MAIS UM ABORTO DA NATUREZA, POIS, EM ARARUAMA NÃO CHOVIA, E MESMO ASSIM, DEU UMA GRANDE ENCHENTE, QUE INVADIU A REGIÃO PRÓXIMA AO POSTO DE GASOLINA MATARUNA, QUE POR SUA VEZ ERA TAMBÉM PERTO DE NOSSA CASA. O RIO TRANSBORDOU POR UMA TROMBA D'ÁGUA CAÍDA NA CABECEIRA DO RIO, SENDO QUE NINGUÉM FOI AVISADO,  E AÍ TIVEMOS NOSSA CASA INVADIDA PELO AGUACEIRO, QUE ESTRAGOU NOSSAS CAMAS, GUARDA ROUPAS. GELADEIRAS E SÓ SALVEI O MEU RÁDIO, PORQUE QUANDO VIREI BA CAMA, BATI OM BRAÇO DENTRO D'ÁGUA, E AÍ SOLTEI UM GRANDE GRITO: OLHA A AGUA DENTRO DE CASA, E TODO MUNDO PULOU CAINDO DENTRO DA AGUA QUE JÁ ENCOSTAVA NOS COLCHÕES DE TODOS NÓS.
FORAM ALGUNS FATOS QUE FAZEM PARTE DA MINHA HISTÓRIA, DE NÓS SEIS QUE VIVEMOS JUNTOS EM ARARUAMA, CINCO AINDA ESTÃO VIVOS, GRAÇA A DEUS, O NOSSO COMPANHEIRO EXPEDITO QUE ERA DE BOM JESUS DO ITABAPOANA, FALECEU JÁ ALGUM TEMPO, OS DEMAIS VÃO LEVANDO A VIDA, NUMA BOA, É CLARO!




                                            

QUE BELO TOMBO!

 

HÁ DIAS, ESTAVA BEM DORMINDO, ISSO LÁ PRAS BANDAS DAS DUAS HORAS DA MADRUGADA, E EU DORMIA IGUALZINHO UM ANJO, RONCAVA TAL QUAL GENTE GRANDE, E EM DETERMINADO MOMENTO, SONHEI QUE ESTAVA JOGANDO FUTEBOL, E FUI EXATAMENTE AGARRAR NO GOL, ISTO É, E ESTAVA INDO MUITO BEM, POIS, EM APENAS QUINZE MINUTOS DE JOGO DO PRIMEIRO TEMPO, O MEU TIME ESTAVA PERDENDO POR APENAS QUATRO GOLS A ZERO.






 O QUE SIGNIFICAVA QUE EU NÃO ESTAVA AGRADANDO SIMPLESMENTE NADA, E NO ENTANTO, EM MOMENTO DE ATAQUE DO TIME ADVERSÁRIO, TIVE QUE REALIZAR UMA GRANDE DEFESA, ESPALMANDO PARA ESCANTEIO UM CHUTE VIOLENTO DE UM ATACANTE, QUE ATÉ AGORA NÃO ME LEMBRO O NOME, MAS, PRATIQUEI UMA GRANDE DEFESA, ESPALMANDO UMA BOLA PARA ESCANTEIO, E FOI EXATAMENTE AÍ QUE VOEI FEITO UMA SARACURA, LANÇANDO-ME AO ESPAÇO SIDERAL, ME PROJETANDO DE CIMA DA CAMA ATÉ AO PISO, E FOI QUANDO A LUCIA GRITOU ACORDANDO-ME E PERGUNTANDO, SEBÁ ONDE ESTÁ VOCÊ? O QUE ACONTECEU?





    E EU, DE BARRIGA PRA BAIXO, ESPALHADO NO CHÃO, COM SUSPEITA DE TER TIDO UMA PEQUENA LUXAÇÃO NA MÃO DIREITA, MAS, ACORDEI DE CARA NO CHÃO E DE BUNDA PRA CIMA,AÍ QUE CONTEI PRA LUCIA O BELO FUTEBOL, E QUE ESTAVA JOGANDO ATÉ ACONTECER O ACIDENTE, AGORA QUE O JOGO FOI SUSPENSO, ISSO FOI, PORQUE NADA MAIS ACONTECEU E LOGO FUI PRA CAMINHA E DORMI FEITO UM GRANDE JOGADOR BRUTALMENTE CANSADO DE UMA DURA PARTIDA DE FUTEBOL.

    FOI A PRIMEIRA VEZ QUE JOGUEI NO GOL, E ATÉ QUE ME SAI BEM, POIS SE EM QUINZE MINUTOS DE JOGO LEVEI QUATRO GOLS, SE LEVARMOS EM CONSIDERAÇÃO OS NOVENTA MINUTOS, EU ALCANÇARIA O RECORDE DE TER SOFRIDO NADA MAIS DO QUE VINTE E QUATRO GOLS, O QUE SERIA RECORDE MUNDIAL, QUEM SABE PODERIA ENTRAR NO LIVRO DOS RECORDES, MAS, O JOGO FOI INTERROMPIDO POR UMA FATALIDADE ACIDENTAL.











Varre-Sai- Os mocinhos e os foras da lei.




Varre-Sai continua a fazer parte da minha vida, embora esteja morando em outra cidade, não posso esquecer o tempo de criança, tempo este que marcou definitivamente o meu coração e minha alma.  A história da minha pessoa que passo a contar agora aconteceu nas proximidades da Matriz de São Sebastião de Varre-sai, nos idos de do ano de1952...
Como existe até hoje, é preservada, a mata onde se localiza hoje o Monte Calvário.
 
 Neste morro, sempre teve muitas árvores, e as crianças daquela época, adoravam  brincar de faroeste naquele local. Eu, Renilton, Paulo Roberto (Fnm), Tão, Elói e o Miguel Manga Rosa. É claro que eu era um dos artistas deste faroeste,  e nós fazíamos um trio de mocinhos e os demais faziam o grupo dos fora da lei, existia mais meninos, mas, não me lembro os nomes agora, e combinamos tudo direitinho, então a moçada era espalhada pelo morro adentro, e então começa a brincadeira, o legal é que todos conheciam muito bem toda a região, só que os que faziam parte como os fora da lei, não conheciam os planos.
Após tudo combinado, a galera embrenhou-se na mata .




Fomos a luta, era na parte da tarde a brincadeira, já que de manhã, todos estudavam na parte da manhã na Escola Estadual de Varre-Sai ,localizada na residência do Senhor Aracy Giovanini!
Como eu morava bem próximo a Matriz, corri lá em casa e peguei uma corda que era do papai Odithes amarrar a sua égua piabanha, que todas as vezes que era nela colocada arreio e apertava a barrigueira, ela virava a cabeça e mordia no ombro da pessoa que a arriava, então. o papai usava a corda para amarrar a cara da égua prá não morder nele quando apertava o arreio! Segurando a corda, e com a turma fomos para mato adentro ao encalço dos meninos do grupo de bandidos, e por longas correrias mato adentro, lá estávamos nós, e fomos com muita disposição (a de criança) e conseguimos pegar o Elói e o Manga Rosa, e os prendemos numa arvore, e ,marramos os dois, bem amarrados mesmo! A brincadeira continuou a tarde toda, até que cansados e sem localizarmos os demais do grupo dos considerados os foras da lei, com a chegada da noite, fomos para suas respectivas casas,






 só que ninguém se lembrou de todos os componentes, e o Manga Rosa e o Elói, permaneceram amarrados, e com certeza até gritaram, mas ninguém os ouvia, só mesmo lá para nove horas da noite, foi que os pais deles nos procuraram, e então é que nos lembramos deles devidamente amarrados lá pelas alturas da mata. Olha que todos nós fomos juntos com todos os pais para localizá-los, e não é que os encontramos bem amarrados e chorando muito, não sei se de medo ou com fome! Foram soltos, eu levei uma boa surra,















 


 e daquela data prá cá, não mais brincamos daquele jeito, pois, foi uma maneira muito radical, embora dentro da nossa santa inocência, será? Mais foi maneiro e inesquecível!
 

Varre-Sai – Eu e o Exército

Outra história foi por volta do ano de 1961, quando estava servindo ao Exército.
Quando nos apresentamos na Estação de trem da Leopoldina em Natividade para embarcarmos para o Rio de Janeiro, para servirmos ao Exército. 








Era mês de janeiro e  foi numa madrugada bem quente de Natividade, e na estação  encontrava muitos jovens com malas em punho para uma viagem, que não seria de volta rápida, mas, uma viagem com estadia de aproximadamente um ano, pois, íamos servir a Pátria nas fileiras do Glorioso Exército Brasileiro, na Vila Militar





 em Deodoro, Rio de Janeiro.
Foi verdadeiramente uma enorme aventura a nossa viagem até ao Rio, isto porque, o trem que nos levava, transportava também jovens de outras cidades do nosso estado. Então, pernoitamos em Italva, depois em Campos e em seguida no quartel no Rio de Janeiro. Foram dois dias e duas noites de viagens até chegarmos à estação Barão de Mauá em São Cristóvão que era o ponto final da grande viagem ao Rio.
Lá chegando demos de cara com vários caminhões do Exercício




que nos esperava para nos conduzir até ao quartel, onde permanecemos por alguns dias como conscritos, aí sim, com o tempo fomos designados para as nossas companhias, onde ficamos até o fim do nosso tempo de servir ao Exército. Bem, neste tempo, muitas coisas aconteciam com cada um de nós, eram os exercícios físicos, os desfiles,





 os deslocamentos para as manobras, as marchas noturnas, sem contar os fatos do dia a dia, fora e dentro do quartel. Bom, aí que eu quero chegar, onde a minha pessoa passou por alguns maus momentos.





 
Naquele tempo de Exercito, existia o Estado da Guanabara cuja capital era a Cidade do Rio de Janeiro e o Estado do Rio de Janeiro cuja capital era Niterói.
Naquela época não poderia o soldado do Rio ir para outro estado sem a devida autorização dos superiores, acho que até hoje deve ser da mesma maneira, questão de maior controle, certo?







Certa vez, eu e outros meus colegas de Varre-Sai resolvemos atravessarmos de barca até Niterói para passar um domingo por lá, assim o fizemos, curtimos Icaraí, só que tínhamos que voltar para o Quartel antes das 22 as, e por nosso azar, chegamos a Praça XV por volta das 23 horas, e caímos nas mãos da Policia do Exército. Que de imediato solicitou-nos a permissão de travessia Rio - Niterói, e alguns dos meus companheiros tinham esta autorização e outros não, e eu estava nesta de não ter a autorização. Fomos levados para o Quartel da PE na Praça XV








 ficamos por algumas horas ali retidos, até que fosse esclarecidas com ordem de quem atravessamos para Niterói. O dia praticamente amanhecendo, e nós ainda retidos até que o Oficial chegasse para manter contacto com o nosso Quartel. Tinha dois ranchos e dois campos de futebol, era realmente um colosso!





Bem, o  nosso Comandante chegou ao nosso Quartel e em contato com a Polícia do Exército pegou nosso nome e número, e retornamos de réu marítimo fomos conduzidos até ao Regimento Escolas de Infantaria,(REsI)
Levamos uma boa chamada e fomos para à hora do pato (local onde toda a companhia toma conhecimento de algo feito de errado pelo soldado) para servir de exemplo.
Foi a primeira e última chamada que levei durante a minha estada ao glorioso Exército Brasileiro, que levou cerca de dez meses e quinze dias de serviços “quase” sem alteração. O mesmo aconteceu com os outros colegas também, já que fomos juntos e voltamos juntos sãos e salvos. Graças a Deus!