Varre-Sai – Eu e o Exército
Quando nos apresentamos na Estação
de trem da Leopoldina em Natividade
para embarcarmos para o Rio de Janeiro, para servirmos ao Exército.
Era mês de janeiro e foi numa madrugada bem quente de Natividade, e na estação encontrava muitos jovens com malas em punho para uma viagem, que não seria de volta rápida, mas, uma viagem com estadia de aproximadamente um ano, pois, íamos servir a Pátria nas fileiras do Glorioso Exército Brasileiro, na Vila Militar
Era mês de janeiro e foi numa madrugada bem quente de Natividade, e na estação encontrava muitos jovens com malas em punho para uma viagem, que não seria de volta rápida, mas, uma viagem com estadia de aproximadamente um ano, pois, íamos servir a Pátria nas fileiras do Glorioso Exército Brasileiro, na Vila Militar
em Deodoro, Rio de Janeiro.
Foi verdadeiramente uma enorme aventura
a nossa viagem até ao Rio, isto porque, o trem que nos levava, transportava
também jovens de outras cidades do nosso estado.
Então, pernoitamos em Italva, depois em Campos e em seguida no quartel no Rio
de Janeiro. Foram dois dias e duas noites de viagens até chegarmos à estação
Barão de Mauá em São Cristóvão que era o ponto
final da grande viagem ao Rio.
Lá chegando demos de cara com
vários caminhões do Exercício
que nos esperava para nos conduzir até ao quartel, onde permanecemos por alguns dias como conscritos, aí sim, com o tempo fomos designados para as nossas companhias, onde ficamos até o fim do nosso tempo de servir ao Exército. Bem, neste tempo, muitas coisas aconteciam com cada um de nós, eram os exercícios físicos, os desfiles,
os deslocamentos para as manobras, as marchas
noturnas, sem contar os fatos do dia a dia, fora e dentro do quartel. Bom, aí
que eu quero chegar, onde a minha pessoa passou por alguns maus momentos.
Naquele tempo de Exercito,
existia o Estado da Guanabara cuja capital era a Cidade do Rio de Janeiro e o
Estado do Rio de Janeiro cuja capital era Niterói.
Naquela época não poderia o soldado
do Rio ir para outro estado sem a devida autorização dos superiores, acho que
até hoje deve ser da mesma maneira, questão de maior controle, certo?
Certa vez, eu e outros meus colegas de Varre-Sai resolvemos atravessarmos de barca até Niterói para passar um domingo por lá, assim o fizemos, curtimos Icaraí, só que tínhamos que voltar para o Quartel antes das 22 as, e por nosso azar, chegamos a Praça XV por volta das 23 horas, e caímos nas mãos da Policia do Exército. Que de imediato solicitou-nos a permissão de travessia Rio - Niterói, e alguns dos meus companheiros tinham esta autorização e outros não, e eu estava nesta de não ter a autorização. Fomos levados para o Quartel da PE na Praça XV
Certa vez, eu e outros meus colegas de Varre-Sai resolvemos atravessarmos de barca até Niterói para passar um domingo por lá, assim o fizemos, curtimos Icaraí, só que tínhamos que voltar para o Quartel antes das 22 as, e por nosso azar, chegamos a Praça XV por volta das 23 horas, e caímos nas mãos da Policia do Exército. Que de imediato solicitou-nos a permissão de travessia Rio - Niterói, e alguns dos meus companheiros tinham esta autorização e outros não, e eu estava nesta de não ter a autorização. Fomos levados para o Quartel da PE na Praça XV
ficamos por algumas horas ali retidos, até que
fosse esclarecidas com ordem de quem atravessamos para Niterói. O dia
praticamente amanhecendo, e nós ainda retidos até que o Oficial chegasse para
manter contacto com o nosso Quartel. Tinha dois ranchos e dois campos de
futebol, era realmente um colosso!
Levamos uma boa chamada e fomos para à hora do pato (local onde toda a companhia toma conhecimento de algo feito de errado pelo soldado) para servir de exemplo.
Foi a primeira e última chamada que levei durante a minha estada ao glorioso Exército Brasileiro, que levou cerca de dez meses e quinze dias de serviços “quase” sem alteração. O mesmo aconteceu com os outros colegas também, já que fomos juntos e voltamos juntos sãos e salvos. Graças a Deus!
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