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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

ATÉ JUIZ EU JÁ FUI...

       Por volta do ano de mil novecentos e setenta, fui trabalhar na Auto Viação Natividade, e ela sempre comprou peças e acessórios para seus ônibus na VEMASA S.A, empresa especializada em peças e acessórios para ônibus Mercedes Benz, uma das melhores revendedoras de toda a região.
Havia um bom relacionamento entre a Viação Natividade e a Vemasa S.A, e seus funcionários nos visitavam freqüentemente para efetuar entregas de peças, serviços e outros. E ao findar um ano de atividades, ficou combinada a realização de uma comemoração entre os funcionários das respectivas empresas em Muriaé - MG, com a realização de uma partida de futebol entre as partes seguido de um jantar oferecido pela empresa local.
Finamente chegou o dia, viajamos e chegando a Muriaé, verificamos que faltaram alguns jogadores, e eu estava certo que entrar fazendo parte do time!


       Chegou a hora do jogo e o juiz que ia apitar o jogo também não apareceu e o campo estava com bastante funcionários e familiares da Vemasa e alguns torcedores vizinhos, mas, e o juiz, nada de aparecer!
        Ficamos esperando um bom tempo o juiz aparecer, mas, como não apareceu, em um acordo entre as partes, ficou combinado que o juiz poderia ser da equipe visitante!
          E não é que foi eu o escolhido pelos jogadores da empresa Natividade para apitar o jogo.


          Aceitei e reuni os dois times e combinamos que não teria auxiliares, e, que não aceitaria e reclamações e nem faltas violentas, e todos concordaram!
Foi iniciada então a partida e o jogo transcorria normalmente em um clima de tranqüilidade e eu estava me sentindo que apitava normal agradando aos dois times, mas, em um determinado momento o time da casa fez uma falta violenta e parei o jogo e chamei a atenção de jogador, que poderia ser expulso se cometesse outra falta semelhante!




        Em determinado momento ainda no primeiro tempo, o time da casa chutou uma bola forte no cantinho do gol da Viação Natividade e o goleiro espalmou a mesma para escanteio!
       Ao bater o escanteio, o jogador da Vemasa levantou muito o pé e marquei uma falta perigosa, e ai o tempo esquentou, os jogadores partiram para cima do juiz, que nesse caso era eu, e sai batido para me proteger, e depois tudo foi contornado, e comecei a apitar com certo medo, e novamente outra falta perigosa, então expulsei o dito jogador, que não gostou e queria agredir o juiz, e, então o jogo foi encerrado em zero a zero, e fomos tomar banho e jantar todos juntos e misturados em um clima de paz, já que as duas empresas eram realmente muito amigas e não havia razão para sentimentos estranhos ao proposto que eram as comemorações de fim de ano entre as duas empresas e seus funcionários.
           Nunca mais me atrevi a ser juiz nem mesmo para julgar pessoas ou apitar alguma coisa esportiva!

         Não levei uma boa surra nem sei por que, mas, aprendi que nem sempre vale apena a pessoa atender aos pedidos de amigos, nem sempre!

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