Outro fato que
marcou bastante a minha juventude foram os bailes realizados em Varre-Sai, os
quais se tornaram momentos alegres e felizes, pois, era o que tínhamos a fazer,
e a juventude ficava nas práticas do futebol, ping pong e as dancinhas no clube
ou casas de família!
Por vários anos,
aconteciam dois tipos de bailes em Varre-Sai, o clube das moreninhas, conhecido
como Cavadeiras e o clube das elites, conhecido como Clube dos 13!
O meu Pai Odithes
realizava o baile do clube das moreninhas, com o Darizinho o rei da sanfona, o
Clube dos 13 trazia bons conjuntos musicais e as noitadas eram sem grandes
problemas e muito festivas.
Com o passar do
tempo, o Clube dos 13 parou suas atividades e também o meu Pai Odithes
paralisava também os seus bailes e com isso, dando novas oportunidades a outras
pessoas a realizarem estes bailes.
Então surgiu o
Senhor Norival Antonio de Oliveira (o Valinho), que iniciou suas atividades nas
promoções de bailes, mas, que tinha algo de especial, se tornando bem diferente
dos demais bailes já realizados em Varre-Sai, porque o baile do Senhor Valim
começa e ninguém poderia dançar sem as devidas ordens dele, ou seja, era ele o
Valin, que convidava a dama e conduzida por ele que a entregava então ao rapaz
para dançar com ela, e assim ele procedia todos os momentos que o tocador
parava de tocar e que as damas assentassem!
Os seus bailes
eram assim que funcionava: ninguém tinha autoridade de tirar a escolhida dama
para dançar, quem escolhia as damas para os dançarinos era o dono do baile o
Valim!
E todos
encaravam com certa obediência porque senão era convidado a sair do salão e
pronto e, não era permitidas brigas ou discussões e o clima era só alegria e
boas músicas, e a casa era cheia, e a galera curtia a noitada até o dia
clarear!
Tempos áureos de
Varre-Sai, não existia bebedeira e a alegria era mais contagiante do que nos
dias atuais!
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